sexta-feira, 29 de julho de 2011

VAMOS CONSTRUIR NOSSA PASÁRGADA



Assim vivemos a vida como um barco a vagar,
O mar poucas vezes calmo vive sempre a nos balouçar,
O nosso barquinho pequeno frente à grandeza das águas,
Nos levam a meditar, como é frágil nossa vida,
Vivemos como numa casquinha de noz ao sabor das ondas,
Só as correntezas podem nos fazer aportar,

Num oásis minha querida com você a me esperar,
Aí então serei o mais feliz dos náufragos
Juntos seremos felizes, haverá fontes límpidas,
E muitos jardins floridos, mel e néctar,
Será enfim nossa Pasárgada,
Que tanto almejamos e nunca encontramos
Por fim nada mais teremos a desejar,
A não ser viver um lado do outro e
Para sempre tua beleza contemplar.
Voltar ao paraíso edênico.
Mas tudo isto pertence ao meu sonhar.

Paraíso não existe mais, pois dele fomos expulsos,
Está na Bíblia a nos afirmar,
A Pasárgada só existe na alma dos poetas.
Mas você existe e é muito real, nosso amor existe,
Apesar de nosso barquinho ser frágil a balouçar,
Muito lhe amo e quero construir ao seu lado um amor real,
Com todos os defeitos, mas também com todo o coração e
Tudo de mim que eu possa ofertar e com todo amor humano,
Que eu possa te dar. Não será a Pasárgada. Mas será o nosso lar.

sábado, 23 de julho de 2011

O dia amanheceu como acontece há milhares de séculos,
Todos os seres comemoraram o evento, os pássaros cantaram
As flores abriram as suas corolas
Saudando a vinda do astro rei.
Só o homem permaneceu indiferente ao concerto da natureza.
Até quando?

O único ser que pode e deve apreciar as maravilhas criadas,
É orgulhoso demais, se cognominando o rei da criação,
Não se maravilhando ante as belezas e mistérios profundos,
Que cercam a natureza.
Melhor seria ajoelhar-se e rezar o Confiteor.

terça-feira, 19 de julho de 2011

O dia em que fugi da Escola.



Continuando as histórias de minha vida, ou melhor, de minha infância ditosa no Bairro da Santa Cruz do Rio Acima, mais exatamente no dia em que fugi da Escola. Pois é, devido as minhas aventuras um tanto temperamentais, fui expulso das aulas ministradas pela mestra, que peremptoriamente afirmou que eu tinha feito trenzinho na carteira, por este motivo estava expulso. Fiquei de início muito arrasado, pois como iria contar a meu pai o que tinha acontecido, pois o mesmo muito severo, certamente seria muito castigado. Mas acabei achando outro colega também vagal e matador de aulas.  Unidos na nossa tendência, pois ambos certamente gostávamos de liberdade e por certo um tanto rebeldes. Pusemos a passear pelos campos que na época estavam floridos então pusemos a colher flores para enfeitar a escola. Mas mesmo com tamanha gentileza a professora continuava irredutível em sua decisão de manter-me afastado, pois constituía mal exemplo para os colegas. Imagine tamanha rebeldia. Os dias foram passando eu continuava fazendo hora, para não voltar para casa. Pois certamente teria que contar a meu pai os motivos, de minha vagabundagem. O velho não aceitaria as explicações e o castigo era certo. Também enfeitar a Escola já não tinha muita graça e tinha virado rotina. Foi quando meu pai ficou sabendo de minha “aprontação”, qual foi minha surpresa não me disse nada e foi conversar com a professora. Usando uma boa política e um bom papo, conseguiu me readmitir novamente.  É claro que não pulei mais a janela da escola, fiquei menos rebelde, mas certamente os castigos também amainaram.  Que na época eram rigorosos.  Saudade da antiga Escola que merecia este nome aprendia as letras, mas se saíssemos da linha éramos castigados com rigor. Não é preciso dizer que daí saiu bons cidadãos cumpridores do dever. A escola não só ensinava, mas formava e moldava o caráter. Tenho dito.

sábado, 2 de julho de 2011

O dia em que fugi da escola






Era uma bela manhã de sol, a escola fervilhava de crianças todas barulhentas e buliçosas, as meninas brincavam de roda:  
Ciranda, cirandinha, Vamos todos cirandar,
Vamos dar a meia volta,
Volta e meia vamos dar” (2x). por aí vai à roda das meninas, nós meninos muitas vezes queríamos até brincar de roda, mas não podia era brincadeira pras meninas, uma vez ou outra éramos admitidos. A brincadeira dos meninos era o jogo de bolinhas de gude ou burica como também é conhecido. A professora chama pra aula, terminou o tão gostoso recreio, vamos às coisas mais importantes, às tabuadas, aos números, as questões do ditado, de gramática. Aquele dia era especial, pois a escola estava sendo mudada para um prédio novo que ficava ao fim de uma várzea, próximo a estrada, onde passavam o caminhão de leite da Cooperativa. A maioria dos habitantes do povoado era constituída de pequenos proprietários que vendiam o leite que suas vacas produziam a uma Cooperativa que se localizava numa cidade próxima, também pequena, mas que era o centro do comércio local. Pois é, voltando a nossa Escola Mista do Bairro dos Damiões da Santa Cruz do Rio Acima, nome bonito e pomposo para o nosso bairro, constituído de pequenos morros e vastas pastagens, clima ameno, com chuvas bastante regulares. Pois é entramos na classe, e a lição daquele dia era difícil, pois tinha-se que saber a tabuada de cor, naquela época a decoreba era muito grande e a tabuada então era imprescindível como base para as operações fundamentais da matemática, que na nossa série primária costuma-se chamar de Aritmética. Começou a tabuada, mas uma boa quantidade de alunos não conseguiu decorar, entre eles me encontro. Também tinha dificuldade como ainda tenho na referida matéria. Conseqüência de nossa ignorância aritmética, ficar de castigo o dia inteiro e o pior os alunos não poderiam participar da referida mudança da escola, devido ao castigo recebido. Tinha que ficar todos bonitinhos em suas respectivas carteiras. No início até que estava tudo calmo, cumprimos estoicamente o castigo recebido. Mas depois com o prolongamento das horas, começamos a ficar preocupados, pois o sol já se aproxima do seu ocaso, as sombras se alongavam, anunciando que próximo estaria o anoitecer. Alguns alunos começaram a chorar e alguns até passar mal e ter ânsia de vômitos. Foi quando resolvi dizer à professora que queria ir embora, pois então vá disse ela: Pule a janela. A escola era localizada em uma fazenda antiga com janelas bem amplas, do lado de fora tinha um jardim de roseiras. Dito e feito passei por cima da carteira, ela quando viu que eu ia pular, então disse: Vai ficar enroscado na roseira. Fui corajoso e de um salto estava do outro lado. Uma vez livre do castigo, tinha que apelar pras minhas condições de moleque magro e esguio e como se costuma dizer: passei sebo nas canelas, mas fui perseguido por alunos que não estavam de castigo enviados pela mestra.  Mas foram recebidos a pedradas. Noutro dia estava expulso da Escola. Mas isto já é outra história. Conto em outro capítulo. 

quinta-feira, 30 de junho de 2011

A aventura da terra.II

Continuando com nosso artigo: A aventura da terra, falavámos que  a terra planeta privilegiado por abrigar a vida, e com isso originou-se a Teoria do Planeta Singular. Porque singular? Primeiro pelo seu tamanho que é relativamente grande se comparado a outros planetas sólidos. Marte também é sólido já teve água e atmosfera semelhante a da terra, mas não pode retê-la devido a sua baixa gravidade e ser um planeta menor. Então sua água e atmosfera acabaram vazando para o espaço, acabou sendo um planeta frustrado sob o ponto de vista de conter vida, pois a perdeu para o espaço exterior. A nossa localização em relação ao sol também é exata, não muito longe senão congelaríamos e não muito perto porque então viraríamos uma fornalha. O nosso escudo atmosférico, temos gravidade suficiente para segurar uma atmosfera constituída de gases muito importante para a vida entre os quais dióxido de carbono e o oxigénio. Temos um elemento essencial para a vida que é a água líquida. Mas nem sempre foi assim. Nos primórdios da formação da terra, segundo as teorias mais recentes éramos dois planetas, a saber a Terra propriamente dita e Tea sua irmã que era menor, mas não sabemos o porque um belo dia estes planetas colidiram-se, originando uma terrível catástrofe cósmica, como Tea era menor partiu-se em milhões de pedaços uma parte deles foram absorvidos pela terra que aumentou seu tamanho, outra parte agregou-se e formou a nossa lua. Com esta explosão que quase aniquilou a terra, mas por outro lado ficamos maiores e por conseguinte com maior gravidade que iria refletir no futuro de nosso planeta. Outra condição privilegiada da terra como disse é sua localização, pois assim localizada, fica protegida pelo escudo de dois planetas maiores, ou seja, o gigantes Jupter e Saturno que atrai para si a maioria dos asteróides que poderiam chegar a terra, protegendo-a. Outra vantagem para proteger a vida terrestre é nosso escudo atmosférico que retém a maioria dos asteróides pequenos e os pulverizam em pedaços menores e menos perigosos para nós. Além do mais temos a camada de ozónio que protegem  contra os raios cósmicos, tão letais a vida. Cercada de tanta proteção Gaia como também é chamada abriga a vida em abundância em uma variedade nunca vista. Mas ultimamente surgiu um fator que a terra não contava que pode contribuir pra sua destruição como a conhecemos, podendo se tornar um planeta estéril. È o fator humano. O homem através de sua multiplicação e múltiplos usos e abusos do planeta ameaça a vida que foi criada aqui, com uma atividade frenética, está liberando uma quantidade excessiva de gás carbónico na atmosfera ocasionando entre outros malefícios o Efeito Estufa. Funciona assim: O gás carbónico é usado pelas plantas e florestas como combustível para sua alimentação, pois as plantas absorvem gás carbono para sintetizar as substâncias necessárias a sua vida e crescimento e liberam o oxigénio. Dizem então que as florestas são o pulmão do mundo, pois purificam o ar para os animais respirarem e viverem, ou seja, o gás vital para os seres vivos: OXIGÉNIO. As florestas estão sendo derrubadas para virarem carvão que servirão de combustível para diversas finalidades humanas, doméstico, industrial. Mas com isso lançam toneladas destes gases na atmosfera. Antigamente existiam inúmeras florestas que com os movimentos tectónicos foram soterradas formando os carvões fósseis, que estão sendo desenterrados e usados com combustível principalmente para gerar eletricidade e movimentar suas indústrias. Então uma grande quantidade de carbono que estavam sequestrados pela atividade natural da terra estão sendo liberados pelo homem na atmosfera. Rompendo o frágil equilíbrio da temperatura terrestre que se mantém constante. Esta constância de temperatura é essencial à vida. Nos últimos 150 anos com as várias revoluções industriais a quantidade de carbono na atmosfera dobrou e tivemos um aumento de temperatura terrestre de 0,6 graus centígrados. Os mares também sequestram o carbono, mas em quantidade excessiva, os referidos tornam ácidos matando os corais que protegem os litorais. Com a temperatura maior da terra a agua do mar se expande, fator agravado pelo derretimento das geleiras do Árctico e do Antárctico. Este discreto aumento de temperatura dá pouca repercussão nos trópicos, por outro lado é catastrófico nas regiões polares e determinam o derretimento das calotas polares.O permafrost da Sibéria está se derretendo. As ilhas do Pacífico estão sendo inundadas pelo aumento do nível dos oceanos. As catástrofes se multiplicam. Pergunta-se até onde chegará o bicho-homem na sua insânia em destruir o Planeta Singular? Não temos o direito e se não respeitarmos a natureza não temos para onde ir. Será o fim da civilização e o Apocalipse. Pare agora ou será tarde demais. Vozes proféticas alertam. Se não houver um consenso poderíamos desaparecer da terra, como desapareceu a civilização Maia de triste memória, ou então os habitantes da ilha de Páscoa em épocas recentes. A vida é frágil respeitam-na.

A aventura da terra.

Segundo a ciência a terra é um planeta de mais de 4 bilhões de anos, formou-se junto com outros corpos do sistema solar, ou seja, outros planetas irmãos, se não me engano são oito planetas contando com a terra, a saber: Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Jupter, Saturno, Neptuno, Úrano e Plutão, parecendo que este ultimo pelo seu tamanho reduzido rebaixaram sua categoria para asteróide. Existem ainda muitos corpos a vagar pelo espaço além dos cometas, são os asteróides. Entre Marte e Jupter existem uma infinidade formando uma faixa que se denomina cinturão dos asteróides. Podiam se juntados formar outro planeta. E alguns desses pedaços de planetas se desgarram de sua órbita e podem atingir a terra. Até agora não foram muitas as colisões com grandes asteróides, mas as que aconteceram originaram verdadeiras catástrofes. A terra planeta que Deus abençoou está protegida de muitas maneiras de colisões destes monstros espaciais, mas não somos totalmente imunes: colisões que já houveram. Uma das mais importantes aconteceram a cerca de 60 milhões de anos, acredita-se que o asteróide que nos atingiu tinha cerca de quatro quilómetros de envergadura atingindo a região onde hoje é o golfo do México. Foi tão catástrófica que a terra mergulhou numa noite eterna e todos animais de grande porte foram extintos, incluindo os famosos dinossauros. Restou animais pequenos que estavam no subsolo que com a extinção dos dinos puderam se desenvolver originando os mamíferos atuais e ao homem em particular. O homem rei da criação, mas que também está causando sua extinção como veremos, procura outros seres iguais a ele no espaço lançando ao espaço infinito sinais de radio na espera que alguma civilização distante e semelhante a nossa possa responder a estes sinais. Nada até agora. Então aventou-se a seguinte hipótese: A da terra singular. O que vem a ser isso? É o seguinte: Devido a sua localização privilegiada e protegida com gravidade e atmosfera densa constituída de gases, um dos quais muito importante para a vida que é o oxigénio, contendo água líquida em abundância constitui o único planeta no Universo conhecido capaz de abrigar a vida em todas as suas formas. Inclusive animais superiores e o homem.