terça-feira, 19 de julho de 2011

O dia em que fugi da Escola.



Continuando as histórias de minha vida, ou melhor, de minha infância ditosa no Bairro da Santa Cruz do Rio Acima, mais exatamente no dia em que fugi da Escola. Pois é, devido as minhas aventuras um tanto temperamentais, fui expulso das aulas ministradas pela mestra, que peremptoriamente afirmou que eu tinha feito trenzinho na carteira, por este motivo estava expulso. Fiquei de início muito arrasado, pois como iria contar a meu pai o que tinha acontecido, pois o mesmo muito severo, certamente seria muito castigado. Mas acabei achando outro colega também vagal e matador de aulas.  Unidos na nossa tendência, pois ambos certamente gostávamos de liberdade e por certo um tanto rebeldes. Pusemos a passear pelos campos que na época estavam floridos então pusemos a colher flores para enfeitar a escola. Mas mesmo com tamanha gentileza a professora continuava irredutível em sua decisão de manter-me afastado, pois constituía mal exemplo para os colegas. Imagine tamanha rebeldia. Os dias foram passando eu continuava fazendo hora, para não voltar para casa. Pois certamente teria que contar a meu pai os motivos, de minha vagabundagem. O velho não aceitaria as explicações e o castigo era certo. Também enfeitar a Escola já não tinha muita graça e tinha virado rotina. Foi quando meu pai ficou sabendo de minha “aprontação”, qual foi minha surpresa não me disse nada e foi conversar com a professora. Usando uma boa política e um bom papo, conseguiu me readmitir novamente.  É claro que não pulei mais a janela da escola, fiquei menos rebelde, mas certamente os castigos também amainaram.  Que na época eram rigorosos.  Saudade da antiga Escola que merecia este nome aprendia as letras, mas se saíssemos da linha éramos castigados com rigor. Não é preciso dizer que daí saiu bons cidadãos cumpridores do dever. A escola não só ensinava, mas formava e moldava o caráter. Tenho dito.

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